quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Tivemos que mudar o link e o blog

Olha só para essa cara!!!


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Com toda a razão para está chateada!

Depois de quase 6 meses com o formacaoon-lineviva.blogspost.com tivemos que mudar de url para que você leitor tenha a oportunidade de deixar seu comentário, coisa que não existia no outro blog, que até hoje não consegui descobrir o que aconteceu para que a função aparecesse. Mas não se preocupe o que o trabalho continua, e continuaremos firme e forte com a missão de formadores que somos para o desenvolvimento de nossos trabalhos em nossas comunidades.
Não se preocupem!!
Mudemos essa cara, pois mais um ano de trabalho encerra, e mais um novo ano irá começar. Pois é o que desejo para este ano de 2008, que nossos trabalhos venham cheios de grandes alegrias, novos frutos e muitas idéias inovadoras.
Feliz 2008!!!
Visite-nos: http://formacaodecatequistas.blogspot.com/



sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Carta sobre fimdo jejum

Sobradinho, 20 de dezembro de 2007
Advento do Senhor
Aos meus irmãos e irmãs do São Francisco, do Nordeste e do BrasilPaz e Bem!
“Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados. Dizei às pessoas deprimidas: ‘Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem, é a recompensa de Deus: é Ele que vem para nos salvar’. Então se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos. O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos mudos”. (Isaías 35, 3-6)
No dia de ontem completei 36 anos de sacerdócio – 36 anos a serviço dos favelados de Petrópolis (RJ), dos trabalhadores da periferia de São Paulo e do povo dos sertões sem-fim do nordeste brasileiro. Ontem, vimos com desalento os poderosos festejarem a demonstração de subserviência do Judiciário. Ontem, quando minhas forças faltaram, recebi o socorro dos que me acompanham nesses longos e sofridos dias. Mas nossa luta continua e está firmada no fundamento que a tudo sustenta: a fé no Deus da vida e na ação organizada dos pobres. Nossa luta maior é garantir a vida do rio São Francisco e de seu povo, garantir acesso à água e ao verdadeiro desenvolvimento para o conjunto das populações de todo o semi-árido, não só uma parte dele. Isso vale uma vida e sou feliz por me dedicar a esta causa, como parte de minha entrega ao Deus da Vida, à Água Viva que é Jesus e que se dá àqueles que vivem massacrados pelas estruturas que geram a opressão e a morte.
Uma de nossas grandes alegrias neste período foi ter visto o povo se levantando e reacendendo em seu coração a consciência da força da união, crianças e jovens cantando cantos de esperança e gritos de ordem com braços erguidos e olhos mirando o futuro que almejamos para o nosso Brasil querido. Um futuro onde todos, todos sem exceção de ninguém, tenham pão para comer, água para beber, terra para trabalhar, dignidade e cidadania.Recebi com amor e respeito a solidariedade de cada um, próximo ou distante. Recebi com alegria a solidariedade de meus irmãos bispos, padres e pastores, que manifestaram de forma tão fraterna a sua compreensão sobre a gravidade do momento que vivemos. Através do seu posicionamento corajoso, a CNBB nos devolveu a esperança de vê-la voltar a ser o que sempre foi em seus tempos áureos: fiel a Jesus e seu Evangelho, uma instituição voltada às grandes causas do Brasil e do seu povo e com uma postura clara e determinada na defesa da dignidade da pessoa humana e de seus direitos inalienáveis, principalmente se posicionando do lado dos pobres e marginalizados desse país.
Ouvi com profundo respeito o apelo de meus familiares, amigos e das irmãs e irmãos de luta que me acompanham e que sempre me quiseram vivo e lutando pela vida. Lutando contra a destruição de nossa biodiversidade, de nossos rios, de nossa gente e contra a arrogância dos que querem transformar tudo em mercadoria e moeda de troca. Neste grande mutirão formado a partir de Sobradinho, vivemos um momento ímpar de intensa comunhão e exercício de solidariedade. Depois desses 24 dias encerro meu jejum, mas não a minha luta que é também de vocês, que é nossa. Precisamos ampliar o debate, espalhar a informação verdadeira, fazer crescer nossa mobilização. Até derrotarmos este projeto de morte e conquistarmos o verdadeiro desenvolvimento para o semi-árido e o São Francisco.
É por vocês, que lutaram comigo e trilham o mesmo caminho que eu encerro meu jejum. Sei que conto com vocês e vocês contam comigo para continuarmos nossa batalha para que “todos tenham vida e tenham vida em abundância”.

Dom Luiz Flavio Cappio

Carta-resposta aos leitores Antonio Ricardo Viana Câmara e Alberto Sérgio de Carvalho Onofre.

Caros amigos leitores. Antes de ler esta carta-resposta, veja os link´s abaixo e entenda porque resolvi me envolver.
http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2007/12/18/327660881.asp
http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2007/12/18/327660907.asp

Texto referencia: O bispo e o Rio São Francisco e Dom Luiz, deixe o povo viver e trabalhar.
Fonte: Globo on-line (Opnião)

Mesmo não os conhecendo, e pela liberdade que a rede internacional de comunicação nos favorece expressar nossas opniões, venho através desta, demonstrar a minha resposta aos comentários citados nos textos redigidos.

Ciente dos fatos, a Igreja em momento algum se põe contra ou a favor da atitude de Dom Luiz. O que existem são opniões populares como direito de se expressar com vez e voz, o que cabe a qualquer individuo. Mesmo aqueles, dos quais se colocam “contra” essa decisão, simplesmente a mim cabe a mesma resposta daqueles que vivem a beira do sustento do velho Chico, “é preciso viver e conviver diariamente com ele e sentir os seus sofrimentos, que hoje são bem visíveis”.

O que as pessoas não querem abrir os olhos para a verdade e que se diz “escândalo”, é o fato de uma pessoa, com princípios humanitários, luta e dá a sua própria vida para a salvação de tantas outras. Talvez uma atitude semelhante a que Jesus Cristo tomou quando vivia junto aos pobres, doentes, prostitutas, rejeitados e pré-julgados mesmo assim não teve medo do escândalo em que os sumos sacerdotes achavam para época. E quando ouvimos e/ou lemos tais passagens bíblicas, para esta época não se encontra nenhum motivo para “polêmicas” e críticas a tais atitudes.

Do que temos medo? O que falta para sermos mais solidários com o nosso próximo e com os bens nos dado a custo algum? A verdade é que temos vergonha de expressar nossas indignações e revoltar que ficam escondidos, por muitas vezes, atrás de textos, charges, filmes e novelas. Mas nos esquecemos de muitas pessoas, santas ou não, que lutaram e deixaram de lado a “falsidade escrita” para a exposição e revolta contra a própria sociedade como Ir. Doroti, Chico Mendes, Tiradentes, Madre Tereza de Calcutá, Ir. Dulce entre tantos, que são esquecidos ao longo do tempo, e que fazem a construção de um povo que busca a sua dignidade. Quanto a Dom Luiz, mesmo se vier a óbito, nunca será esquecido pelo povo ribeirinho, que junto com eles está sofrendo a dor de se perder um bem tão precioso que é a água. Este bem que nos foi dado por Deus gratuitamente e por sermos egoístas não cuidamos nem zelamos e aos poucos será apenas mais uma história que fará parte de nossos livros para nossos filhos, netos e as suas gerações.

O exemplo de Dom Luiz, para mim, é um pouco da amostra de coragem que a igreja tem, desde o princípio, de lutar pela missão que lhe foi confiada, pois não existe luta sem que haja uma causa. E o que me dá mais tristeza é de saber que nada está sendo repassado a população dos diversos estados, assim como na primeira em 2005, a mídia demonstra agindo assim, apoiando o governo para que essa transposição aconteça “por debaixo dos panos” sem repercutir, e ao que nunca se foi perguntado ao povo brasileiro se ele quer ou não que essa transposição aconteça. Pois somo povos de decisão apenas nas eleições, quando damos nossos votos a quem não tem dignidade de ocupar um cargo e ser a favor deste terrorismo.

Casso essa “matança” aconteça, tenha pela consciência de que todos fomos avisados, sem que precisássemos de um vidente, guru a nos avisar. E que não matara uma ou duas vidas, mais sim todos aqueles que dependem dele, os ribeirinhos, os estados que são banhados de suas nascentes e por fim até aqueles a quem o governo iria favorecer.
Assim também nos ensina a Igreja no seu catecismo: § 401”A partir do primeiro pecado, uma verdadeira ‘invasão’ do pecado imunda o mundo: o fratricídio cometido por Caim e Abel; a corrupção universal em decorrência do pecado; na história de Israel, o pecado se manifesta freqüentemente e sobretudo como uma infidelidade ao Deus da Aliança e como transgressão da Lei de Moisés; e mesmo após a Redenção de Cristo, entre os cristãos, o pecado se manifesta de muitas maneiras. A escritura e a Tradição da Igreja não cessam de recordar a presença história do homem: o que nos é manifestado pela Revelação divina concorda com a própria experiência. Pois o homem, olhando para seu coração, descobre-se também inclinado ao mal e mergulhado em múltiplos males que não podem provir de seu Criador, que é bom. Recusando-se muitas vezes a reconhecer Deus como o seu princípio, o homem destruiu a devida ordem em relação ao seu fim ultimo e, ao mesmo tempo, toda a sua harmonia consigo mesmo, com os outros homens e com as coisas criadas”.

E pondo fim, que possamos lutar por nossos ideais, nos aprofundar ao que queremos e fazer a conscientização aos outros. Que aprendamos a conhecer tudo e a todos antes de pré-julgarmos uma atitude, pois só a Deus cabe o verdadeiro julgamento de nossos atos e só se luta por algo que conhece.

“Que todos tenha vida e tenha vida em abundância”.(JO. 10,10)
Que o Rio São Francisco, a Amazônia, fauna, flora, o ser humano aprendam a ter o direito de suas vidas.

Carinhosamente,
Caroline Gadêlha

Barreiras – Bahia, 21 de dezembro de 2007.
Às 12:03pm.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Presidência da CNBB inicia diálogo com o governo sobre Transposição do Rio e Dom Cappio

"Afirmamos nossa colaboração em tudo o que tive ao nosso alcance para retomar o diálogo entre Governo e dom Cappio", foi o que disse, hoje, o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, durante entrevista coletiva à impressa, após o encontro com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrido no Palácio do Planalto, na manhã desta quarta-feira, 12.
Participaram do encontro, solicitado pela Presidência da Cnnbb, dom Geraldo Lyrio Rocha; o secretário-geral, dom Dimas Lara Babosa e o assessor politio, padre José Ernanne Pinheiro. Do planalto, além do presidente da República, estiveram presentes os ministros do Ministério da Integração Nacional e da Secretaria-Geral, respectivamente, Geddel Viana Lima e Luiz Sulci, e o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho.
No encontro com o presidente Lula, dom Geraldo Lyrio e dom Dimas expressaram "a preocupação com a pessoa e a vida de dom Luiz Flávio Cappio", que hoje se encontra no seu 21º dia de "jejum e oração" e pédiram que "se estudem mais a fundo as implicações do projeto de tranposição da água do Rio São Francisco, bem como as propostas alternativas". A solicitação é para que "não se fixassem só na questão do projeto, mas que as possibilidades alternativas fossem igualmente examinadas", afirmou Dom Geraldo. Conforme o presidente da CNBB, o diálogo está apenas começando. A primeira atitude após este encontro com o Governo é transmitir ao bispo de Barra o que ocorreu no encontro com o presidente e ouvir de dom Cappio as suas propostas. Dom Geraldo disse, ainda, que o Governo "está interessado em encontrar uma saída para este momento. O governo não se mostrou fechado, nem intrasigente e está disposto a examinar todas as propostas alternativas", emvora "esta disposição não implique em abandonar inteiramente o projeto da transposição do Rio São Franscisco", afirmou.
Sobre dom Cappio, o presidente da CNBB disse tratar-se de um "homem muito reto, que tem consciência dos seus atos" e que ele conta com o "apoio dos irmãos bispos desde o primeiro momento. Já nos manifestamos várias vezes, inclusive com uma nota publicada quando dom Cappio iniciou o momento de jejum e oração. Ele disse, pessoalmente, em público, que considerou muito positiva a nota da CNBB e expressou muito agradecimento pela maneira como a CNBB vem se posicionando e conduzindo, de forma intermediária entre posições que são antagônicas", destacou dom Geraldo. Perguntando sobre a disposição de dom Cappio ir até ás últimas conseqüências com o jejum, caso suas reivindicações não sejam atendidas, dom Geraldo afirmou que a CNBB fará tudo para salvar a vida do bispo. "Tememos pela morte do bispo. Por isso, a CNBB conversou com o presidente da República. Queremos dom Cappio vivo. Ele é uma pessoa importantíssima para a diocese de Barra e para a Igreja no Brasil. Faremos tudo para salvar a vida de dom Cappio".
O secretário geral, dom Dimas Lara Barbosa, lembrou que em relação à transposição há muita desinformação, especialmente, em regiões que não são enolvidas pela questão. "Poucos sabem o que está em jogo", afirmu. "Eu sugeri que houvesse um esforõ da parte do Governo para explicar o que vem a ser a trnsposição, porque, parece-me, que não existe ainda suficiente informação da parte da população. Existe uma indiferença, uma apatia muito grande e, mesmo para quem vive na região e nos Estados que seriam os receptores, temos encontrados movimentos significativos que são contrários à transposição. Existem dezenas de ações judiciais em torno do projeto. Ele tem à implicações sociais, culturais e na própria dimensão simbólica do Rio São Franscico. Tudo isso exige um esclarecimento maior para a população", ponderou o secretário.
Após a coletiva, dom geraldo encontrou-se com o núncio apostóico, dom Lorenzo Baldisseri, para comunicar o que foi tratado na audiência com o presidênte Lula.
Fonte: www.cnbb.org.br - 12/12/07
QUE OBRA SEVE SER FEITA?
TRANSPOSIÇÃO:
  • 12 milhões de beneficiados (diz o governo);
  • 4 estados: Paraíba, Ceará, Rio Grande do NOrte e Pernambuco;
  • 397 municípios;
  • 6,6 bilhões (custo);
  • Concentra e encarece a água, impactos negativos, sobre o Rio São Francisco e sobre a comunidade ribeirinha e indígenas;
  • Divide o Nordeste, os Nordestinos e o Brasil;
  • Tem finalidades econômicas: 70% para irrigação, 26% para cidades e indústrias, 4% apenas para população rural.

ALTERNATIVAS (MOVIMENTOS SOCIAIS E D. LUIZ)

  • 44 Milhões de beneficiados: 34 milhões no meio urbano pelas 350 obras do Atlas Nordeste da ANA - Agência Nacional de Águas), 10 milhões no meio rural pelas tecnologias de captação e uso de água empregadas pela ASA (artiulação do Semi-árido Brasileiro);
  • 10 Estados: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Maranhção, Piauí e Minas Gerais);
  • 1.356 Municípios: inclusive recife, João Pessoa, Natal, Fortaleza e Salvador);
  • Desconcentra e socializa a água das barragens, açudes subterrânes, de chuva e adutoras a partir do Rio São Francisco;
  • TODOS APÓIAM;
  • Tem finalidades de abastecimento humano urbano e rural e produção agrícola sustentável.

Para se informar melhor acesse: www.umavidapelavida.com.br e assine nesta página o abaixo-assinado.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

NATAL

Já é mais que tempo de colocar o Papai Noel no seu devido lugar e permitir que o aniversariante, Jesus Cristo, tome Seu lugar como centro das festividades.
Arrume seu lar: acenda as luzes do AMOR; faça a faxina do PERDÃO; prepare uma ceia, onde os pratos principais sejam a UNIÃO e a PAZ. Que em 2007, quando José e Maria passarem por nossas casas, na noite de natal, encontrem portas e corações abertos para acolhê-los. Vem, Senhor Jesus!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Entenda a atitude do Frei Luiz. Conheça as razões técnicas contra a transposição e a favor de alternativas viáveis.

A água vai se concentrar nas mãos de quem menos precisa.

- Da forma como o projeto de transposição foi colocado, ele atenderá diretamente a apenas 5% da superfície do semi-árido. Nenhuma das barragens da região do Seridó, por exemplo, onde o quadro das secas é mais acentuado no Rio Grande do Norte, receberá as águas da transposição.
- O problema do semi-árido nordestino não é a falta de água nos Estados envolvidos no projeto e sim a má distribuição, que não deixa a água chegar a quem mais precisa. A transposição não resolve isso. Com ela, a água será levada, basicamente, para reservatórios que atendem às áreas urbanas ou às grandes produções irrigadas, e não até as cidades mais remotas, no sertão.

Um volume exorbitante de recursos escoando dos cofres públicos.

A Agência Nacional de Águas (ANA) concedeu o direito de outorga por 20 anos ao Ministério da Integração Nacional para executar o projeto de transposição, que tem o custo estimado pelo Governo Federal de R$ 4,5 bilhões. Porém, é realmente possível que esse custo chegue aos R$ 20 bilhões.
Além disso, a operação do sistema de transposição terá um custo anual de cerca deR$ 80 a R$ 100 milhões por ano, divididos entre os quatro Estados beneficiários do projeto: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Esse volume enorme de recursos vai comprometer grande parte dos investimentos dos próximos governos, sem melhorar, de fato, o quadro de seca na região.

E quem vai pagar a conta?

- O projeto vai elevar o preço das tarifas de água e luz para a população, em função dos altos custos de operação e manutenção do sistema. Hoje, no Nordeste, a água bruta não é cobrada e as famílias da região pagam apenas pelo bombeamento da fonte de suprimento até a área agrícola. Com a transposição, o custo da água será, no mínimo, 5 a 6 vezes maior do que os valores atualmente praticados na região.
- No Rio Jaguaribe, no Ceará, existe um grande número de produtores vazanteiros, que abastecem as feiras das regiões mais humildes, aproveitando-se da irrigação natural propiciada pelas cheias anuais do rio. Com o projeto de transposição, será liberada mais água dos açudes no Jaguaribe, como a barragem do Castanhão, o que vai impedir a produção dessa horticultura excepcional e o abastecimento local.
- O São Francisco responde por 95% da energia elétrica do Nordeste. Com a transposição, a região vai perder cerca de 1% dessa produção. A saída para não haver falta de energia será a composição com energia termoelétrica, o que implica na construção de uma usina local. Só que as usinas dessa categoria entram na cláusulade energia emergencial, ou seja, todo mundo terá que bancar os custos desse tapa-buraco.

Quem vai administrar a distribuição e a cobrança da água?

O papel do Governo Federal está restrito à construção da obra e à definição da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF) como gestora do projeto. O acerto final dos critérios e das formas como a água será distribuída e cobrada dos usuários ficará a cargo das companhias estaduais de abastecimento, o que envolve muitos interesses diferentes, e até opostos.
Há dezenas de projetos inacabados por descaso do Governo Federal.
Antes de tudo, é preciso concluir as dezenas de obras inacabadas ou quase destruídas em função da má gestão. Há cerca de 180 mil hectares de projetos de irrigação paralisados na bacia do São Francisco, aguardando recursos, além de vários outros que estão sendo iniciados.

Jogo de interesses.

- 70% dos açudes públicos do Nordeste não estão disponíveis para a população. Ou seja, assim, como no que se refere à reforma agrária, a influência político-econômica na distribuição da água certamente exercerá grande força.
- As águas da transposição vão passar por muitas terras, de muitos proprietários, o que, novamente, envolverá uma luta de interesses. Para começar qualquer projeto desse nível é necessário fazer também a regularização fundiária na região.
- Com tantos argumentos contra a transposição, fica claro que o projeto só está seguindo adiante como uma forma de enganar a opinião pública para fortalecer, em 2006, o presidente Lula em uma possível disputa pela reeleição ou o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, em uma eventual candidatura ao governo do Ceará. Parece um projeto feito sob encomenda para as empreiteiras, que tem como objetivo beneficiar a indústria e a agricultura exportadora da região, e não matar a sede do povo nordestino e dos animais.
- O Ibama já está em vias de liberar o início da transposição, porém, sem levar em conta a opinião e as necessidades das 34 comunidades indígenas e das 153 quilombolas que estão na área de abrangência do projeto.

O Banco Mundial e outros Estados da região estão contra o projeto.

- A pedido do Governo Federal, o Banco Mundial analisou a viabilidade do projeto e sugeriu o adiamento da transposição, indicando que os recursos orçamentários deveriam ser investidos em sistemas de abastecimento locais, como a construção de mais adutoras e de cisternas para captação de água das chuvas; na revitalização do São Francisco e no fortalecimento do projeto Proágua Semi-Árido, que tem como objetivo garantir a ampliação da oferta de água de boa qualidade.
- Os Estados de Sergipe, Alagoas e Bahia são contrários ao projeto. Este último coloca-se contra com base nos estudos elaborados pelo Centro de Recursos Ambientais, pela Superintendência de Recursos Hídricos e pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, todos da Bahia.

É preciso revitalizar o rio antes de distribuir suas águas.

- O São Francisco está muito poluído pelo esgoto e pelos agrotóxicos despejados incessantemente. Para se ter uma idéia, dos 504 municípios que fazem parte dabacia do São Francisco, apenas 132 possuem obras de abastecimento de água e só 78 municípios dispõem de serviço de saneamento básico. Tornar o rio saudável é prioridade.
- Outros problemas sérios: o uso inadequado do solo, com os grandes projetos de agricultura; o desmatamento grave na Bahia para a obtenção de carvão, provocado pelo avanço das siderúrgicas do Quadrilátero Ferrífero, no norte de Minas.
- Não há mais cheias no baixo São Francisco, o que prejudica muito a reprodução dos peixes. Além disso, 18 milhões de toneladas de terra por ano são despejadas no leito do rio e contribuem ainda mais para o seu assoreamento. A reconstituição das matas ciliares é a alternativa mais correta para barrar o assoreamento.
A perda de água com a transposição.
A evaporação no semi-árido é três vezes maior que a precipitação. A cada 4 litros armazenados, 3 evaporam. É por isso que em países como a África do Sul os reservatórios são tampados e, em Israel, a água é transportada por meio de tubulações de alta pressão.

As transposições que não deram certo.

- A China e a Índia usaram o método da transposição quando não tinham nenhuma alternativa. Hoje, ambos enfrentam problemas de racionalização dos recursos hídricos e precisam investir no revestimento e na retificação dos canais para diminuir as perdas com a evaporação e a infiltração.
- Na Espanha, o Aqueduto Tejo-Segura não conseguiu atingir seus objetivos e precisou de uma demanda maior de água, forçando a construção de novos projetos de transposição.
- No Peru, o projeto Chavimochic, que retira água do Rio Santa, tem graves problemas de salinização do solo e de manejo da irrigação. Outra questão foi a escolha do sistema de amortização da tarifa de água para sustentar os custos do projeto, que não gerou recursos suficientes para pagar os investimentos e custos de manutenção.
- Nos EUA, a transposição do Rio Colorado para o Rio Big Thompson gerou conflitos relacionados ao direito sobre as águas entre os estados de fronteira, além de permitir a introdução de poluentes e outros contaminantes nos reservatórios da bacia receptora.
As alternativas realmente viáveis.
- As alternativas à transposição que se apresentam mais econômicas, eficientes e com menores impactos ambientais são: a revitalização do rio, o uso racional da água e a construção de cisternas e microbarragens.
- É necessário, primeiro, recuperar os mananciais, os olhos d’água e as nascentes; fazer o reflorestamento e resolver a questão fundiária, principalmente nas áreas de preservação permanente (a menos de 30 metros do rio).
- Israel é um bom exemplo. A uso de tubulações de alta pressão permite o abastecimento ininterrupto e uniforme dos lugares distantes. Além disso, tanques de concreto e depósitos abertos foram incorporados ao projeto para o constante abastecimento de água. O modelo israelense evita a salinização, a poluição e as perdas e ainda uniformiza a distribuição, fazendo a água chegar até as regiões mais remotas e necessitadas.
- Antes de se pensar em transposição, os investimentos deveriam ir para a construção de poços, de adutoras para interligar açudes e de barragens subterrâneas. Obras menores do ponto de vista geográfico, porém, maiores do ponto de vista humano.

Parte das informações aqui encontradas foram extraídas do jornal O Estado de São Paulo, de 30/9/2005.

Mais informações, visite o site: www.umavidapelavida.com.br .

Uma vida pela Vida, apoie essa idéia.

Carta de acordo

PAZ E BEM!

Senhor Presidente,Paz e Bem!

No dia 6/10/05, em Cabrobó-PE, assumimos juntos um compromisso: o de suspender o processo de Transposição de Águas do Rio São Francisco e iniciar um amplo diálogo, governo e sociedade civil brasileira, na busca de alternativas para o desenvolvimento sustentável para todo o semi-árido. Diante disso, suspendi o jejum e acreditei no pacto e no entendimento.
Dois anos se passaram, o diálogo foi apenas iniciado e logo interrompido.
Já existem propostas concretas para garantir o abastecimento de água para toda a população do semi-árido: as Ações previstas no Atlas do Nordeste apresentadas pela Agência Nacional de Águas (ANA) e as ações desenvolvidas pela Articulação do Semi-Árido (ASA).
No dia 22 de fevereiro de 2007 protocolei no Palácio do Planalto documento solicitando a reabertura e continuidade do diálogo e que fosse verdadeiro, transparente e participativo. Sua resposta foi o início das obras de transposição pelo exército brasileiro.
O senhor não cumpriu sua palavra. O senhor não honrou nosso compromisso. Enganou a mim e a toda a sociedade brasileira.
Uma nação só se constrói com um povo que seja sério, a partir de seus dirigentes. A dignidade e a honradez são requisitos indispensáveis para a cidadania.
Portanto, retomo o meu jejum e oração. E só será suspenso com a retirada do exército das obras do eixo norte e do eixo leste e o arquivamento definitivo do Projeto de Transposição de águas do Rio São Francisco. Não existe outra alternativa.
Acredito que as forças interessadas no projeto usarão de todos os meios para desmoralizar nossa luta e confundir a opinião pública. Mas quando Jesus se dispôs a doar a vida, não teve medo da cruz. Aceitou ser crucificado, pois este seria o preço a ser pago.
A vida do rio e do seu povo ou a morte de um cidadão brasileiro.
“Quando a razão se extingue, a loucura é o caminho.”
Que o Deus da Vida seja penhor de Vida Plena.
“O Brasil é uma terra de grandezas. Terá dirigentes com a mesma grandeza?” (Bourdoukan Georges, in “Capitão Mouro”)
Barra – BA, 4 de outubro de 2007 - Festa de São Francisco
Dom Frei Luiz Flávio Cappio, OFMBispo Diocesano de Barra
E desta vez o caso é sério...
E precisamos apoiar nem que seja com uma assinatura em qu vocês podem ascessar o site: www.umavidapelavida.com.br deixe seu recado, orações. E para melhorar, você pode copiar e colar esta mensagem e encaminha aos seus amigos para que possam fazer o mesmo.
Faça a sua parte.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Exercite a paciência

Exercite a paciência
Esta é a história de um menino que tinha um gênio muito difícil. Seu pai lhe deu um saco de pregos dizendo-lhe que, cada vez que perdesse a paciência, deveria pregar um prego atrás da porta. No primeiro dia, o menino pregou 37 pregos. Nas semanas que se seguiram, à medida que ele aprendia a se controlar pregava cada vez menos pregos atrás da porta. Com o tempo, descobriu que era mais fácil controlar-se durante todo o dia.Depois de informar seu pai sobre sua vitória, ele lhe sugeriu que retirasse um prego a cada dia que conseguisse controlar seu temperamento. Os dias se passaram e o jovem pôde finalmente anunciar ao pai que não havia mais pregos atrás da porta. Seu pai, segurando-lhe a mão, levou-o até a porta e disse-lhe: "Meu filho, vejo que você tem trabalhado duro, mas... veja todos esses buracos na porta: ela nunca mais será a mesma. Cada vez que você perde a paciência, deixa cicatrizes exatamente como as que vê aqui. Vc pode insultar alguém e retirar o insulto, mas dependendo da maneira como fala, poderá ser devastador e a cicatriz ficará para sempre.UMA OFENSA VERBAL PODE SER TÃO DANINHA COMO UMA OFENSA FÍSICA.

O Sonho de Maria

O SONHO DE MARIA

Maria, mãe de Jesus, teve um sonho. Foi às vésperas da celebração do natalício de seu Filho. Ao tomar café da manhã com seu esposo José, ela abriu seu coração. Falando pausadamente, pensativa, com muitas exclamações e reticências, ela disse: “José, na noite passada tive um sonho”!... Não pude compreendê-lo! Realmente não!... Creio que se tratava do nascimento de nosso Filho. As pessoas estavam fazendo os preparativos com seis semanas de antecedência. Decoravam as casas e compravam roupas novas! Iam às compras e adquiriam sofisticados presentes! Algo estranho... pois os presentes não eram para o nosso Filho! Envolviam-nos com finíssimos celofanes e os enfeitavam com preciosos laços! Colocavam tudo debaixo de uma árvore! Sim, José, uma árvore, dentro de suas casas! E decoravam essa árvore também! Nos galhos, penduravam bolas, lâmpadas coloridas, e enfeites que brilhavam! Havia uma figura colocada bem no alto da árvore! Parecia ser um anjo! Era muito bonito!...
As pessoas se sentiam felizes e sorriam muito!... Todos estavam emocionados, cumprimentando-se, dando presentes! José... não ficou nenhum para o nosso Filho!... Sabe, acredito que nem o conheciam, pois nunca mencionaram o Seu Nome durante toda a festa!...
Não parece estranho que as pessoas se preparem tanto... façam uma festa tão grande e tão bonita para celebrar o aniversário de alguém, que nem sequer conhecem?... Sabe, José, tive a estranha sensação de que se o nosso Filho estivesse nessa celebração, seria considerado um intruso!...
Era tão maravilhosa aquela festa, José!... Todo mundo tão feliz!... Porém, eu senti uma enorme vontade de chorar!... Que tristeza para Jesus, não ser lembrado... e talvez, tão pouco desejado... em sua própria festa de aniversário!... Bem! Estou contente, aliviada, porque foi só um sonho!... Porém, que terrível seria, José, se tudo isso fosse realidade!...”

Como será a próxima festa do natal de Jesus em sua família? Como será celebrado o aniversário de Jesus em sua casa? O “sonho de Maria” será apenas um “pesadelo” ou será uma triste e lamentável realidade?

Para que o natal de Jesus aconteça em sua vida e em sua família é importante tomar algumas providências, como:
- participar da caminhada da Paróquia ou das pequenas comunidades que se preparam para celebrar Jesus, por meio de uma Novena de Natal;
- preparar-se por uma santa confissão sacramental; preparar as casas ou apartamentos com uma decoração natalina que chame atenção para a pessoa de Jesus, o centro do natal;
- preparar a ceia natalina de tal forma que todos se sintam celebrando Jesus aniversariante;
- combinar com a família toda para participarem juntos de uma determinada santa Missa natalina;
- tomar consciência do sentido profundo da Comunhão Eucarística, como o momento mais significativo de um encontro muito pessoal com Jesus, o aniversariante, o Celebrado, a razão de ser do natal.
Será muito significativo, também, dentro das possibilidades, favorecer de alguma forma para que famílias carentes, órfãos e crianças, idosos, presos ou desempregados possam ter algo a mais para poderem celebrar com alguma alegria o santo natal de Jesus.(Revista Brasil Cristão)F E L I Z N A T AL P A R A T O D O S.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

O que é o Natal para você?

Concerteza você já se deparou com essa pergunta ou até mesmo já lhe foi feita por amigos, professores, catequistas e até mesmo na televisão.
Mas será que conseguimos encontrar uma resposta concreta para está pergunta?
Na verdade podemos pensar em várias respostas que não deixão de ser erradas como:
* É tempo de esperar o nascimento do menino Jesus.
* Tempo de união com as familias.
* Tempo que anuncia a chegada de mais um ano e que já tenho muitos planos.
* Hora de pedir paz.
etc...
Mas será que o natal é só isso?
Mesmo estando ciente de que é um tempo em que todos podem perceber que: já está no fim de mais um ano, as pessoas estão enfeitando as suas casas, "aparenta-se" ter mais proximidades com familiares e amigos, e muitos outros, o comércio é um dos que apenas se preocupa em visar dinheiro, assim rápidamente percebemos que as ruas estão enfeitadas, na tv as propagandas são única e exclusiva de "promoções" ofertadas para que os consumidores sejam atraidos e possam enfim consumir.
É claro que não podemos agora, dizer que o único responsável por ainda não termos uma resposta concreta á pergunta seja o comércio. Mas, porque apenas neste período nossos familiares e amigos mais proxímos estão mudando os sentimentos e com expressões diferentes? Será que esta época do ano só serve para a "união"m ou que podemos considerar momento de reunião, com nosso amigos e familiares? A nossa unidade não deve acontecer durante todo o ano?
Infelizmente, o ser humano está de deixando levar por grandes ocupações como trabalho, escola, faculdades, festas e esquece de tudo e de todos quase todo o ano, e quando se dá conta que já é fim de ano, natal, começa a se preparar as festas natalinas com um grande banquete em que é o unico momento em que as familias ficam reunidas.
O sentido Familiar, seja no começo, no meio ou no fim deveria ser realidado sempre. Mais, ainda não é a nossa resposta a pergunta. Será que a paz no mundo só existe na noite do Natal? Será que é a única data dentro de um ano todo em que podemos saber que a paz existe? A paz não deve ser feita, fala, agida e trabalhada durante todo o resto da nossas vidas? Voltando ao ponto anterior, o ser humano é tão egoísta a tal ponto de que a caridade só acontece em um dia, mesmo sabendo que os que são ajudados precisão sobreviver muito mais que um dia. Pra quem vive no sofrimento e na luta pela sobrevivência em 364 dias, 1dia com ajuda em mantimentos é como chuva no sertão em 1 min.
O que temos que ser conciêntes é que durante os 365 dias de cada ano temos que fazer a diferença e não só fazer daquele único dia, dia de esmola. Que as nossas familias possam ter mais do que uma mera reunião anual e que sejam mais unidas ao amor familiar, assim podendo espalhar amor, união, fraternidades nos ambientes em que frequentamos. E que o comércio possa ver que muito mais que lucar o mais importante é o que caregamos no coração e a luta que conquistamos.
Por fim, que o renascimento do menino Jesus inspire a todos a fazer a diferença, ensine-nos a perdoar mais do que amar, lutar pela paz constantemente e fazendo que as familas possam ser mais unidas.
Que neste Natal você possa começar a pensar fazer a diferença nos proximos 365 dias de 2008.
E a resposta???
Tente fazer a diferneça que você à encontrará.
Carinhosamente,
Caroline Gadêlha