quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Formação para catequistas

Fonte: DNC - Diretório Nacional da Catequese (Capitolo sétimo, tópico 3 pg. 150)
3.1. Importância da formação, sua fonte e protagonistas
§ 252. O momento histórico m que vivemos, com seus valores e contra-valores, desafios e mudanças, exige dos evangelizadores preparo, qualificação e atualização. Neste contexto, a formação catequética de homens e mulheres "é prioridade absoluta" (DGC 234). Os recentes documentos da Igreja estimulam a formação inicial e permanente dos seus agentes: "qualquer atividade pastoral que não conte, para a sua realização, com pessoas relamente formadas e preparadas, coloca em risco a sua qualidade" (DGC 234; cf CDC 773 A 780).
§ 253. A fonte inspiradora da formação de catequistas é Jesus Cristo. É Ele que convida: "Vinde e vede" (Jo 1,39) e propõe maior profundidade, mais audácia no compromisso: "Avança mais para o fundo, e ali lançao vossas redes para a pesca" (Lc 5,4). É ele mesmo que se apresenta como Mestre, Educador eServidor: "Se eu, o Senhor e Mestre vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros" (Jo 13,14)
3.2 Objetivos e finalidades da formação
3.2.1 Objetivos
§ 254. A formação de catequistas tem como objetivo:
  1. favorecer a cada catequista o seu próprio crescimento e realização, acolhendo a proposta de Deus e sentindo-se pertencente a uma comunidade;
  2. capacitar os catequistas como comunicadores e no uso adequado dos meios de comunicação (jornal, TV, Internet, rádio, etc...), a fim de que "saibam transmitir o Evangelho com convicção e autenticidade, para que esta palavra viva se torne luz e fermento em meio à sociedade atual" (DGC 237);
  3. preparar os catequistas para desenvolver as tarefas de iniciação, de educação e de ensino e para que sejam autênticos mistagogos da fé;
  4. ajudar na busca de maior maturidade na fé, conscientizando para a importância de uma clara identidade cristã;
  5. "mostrar quem é Jesus Cristo: sua vida, seu ministério, e apresentar a fé cristã como seguimento de sua pessoa" (DGC 41);
  6. preparar animadores que atuem em diferentes níveis: nacional, regional, diocesano e paroquial;
  7. desenvolver uma educação da fé que ajude a fazer a inculturação da mensagem e a compreender as aspirações humanas dos interlocutores da catequese.
  8. dar condições para que o trabalho dos catequistas desenvolva a dimensão ecumênica e o diálogo inter-religioso, com plena fidelidade à doutrina da Igreja.

3.2.2 Finalidades

§ 255. O Catequista bem formado capacita-se para:

  1. comunicar e transmitir o Evangelho com convicção e autenticidade (cf DGC 237);
  2. tornar-se um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo, comprometendo-se a viver e trabalhar na construção do Reino de Deus;
  3. assumir uma espiritualidade de identificação com Jesus Cristo, sustentada pelo testemunho quotidiano de justiça e solidariedade, pela palavra de Deus, pela Eucaristia e pela missão;
  4. crescer de forma permanente na maturidade da fé, com clareza de fé, de identidade cristã e eclesial, e com sensibilidade social (cf DGC 237 a);
  5. engajar-se na comunidade eclesial e assumir a consciência de que é em nome da Igreja que transmite o Evangelho;
  6. saber adaptar a mensagem às culturas, às idades e às situações sociais, culturais e existenciais (cf DGC 236);
  7. assumir na catequese as dimensões da palavra, da memória, e do testemunho (cf MPD nº 8-10);
  8. proporcionar o gosto pela palavra de Deus e fazê-la ecoar e repercutir na vida da comunidade;
  9. dialogar com outros cristãos, outras religiões e culturas.

§ 259. A formação catequética necessita perceber as riquezas, bem como os limites pessoais de cada educador da fé e sua capacidade de trabalhar em equipe. Deve dar-lhe consciência de que falará em nome da Igreja e que para isso, é preciso estar integrado numa comunidade. A formação proporciona conhecimentos para desenvolver os conteúdos, ajudar a criar um espírito de alegria e de esperança para superar os desafios, as tensões e medos. Um catequista bem preparado, que sente ter sucesso no que faz, estará menos propenso a desistir.

§ 260. A missão do catequista exige alicerces firmes. Por isso a formação necessita atender animadores que atuam em diferentes níveis: nacional, regional, diocesano e paroquial.