sexta-feira, 29 de junho de 2007

O que o DNC nos fala...

Nosso primeiro tema do hoje que falaremos sobre o DNC, relataremos a principio uma pergunta:
O que é o DNC?
Com base nessa pergunta é que iremos conhecer e nas próximas postagens aprofundar mais nesse assunto.
Respondendo a essa pergunta podemos dizer que é um livro de aparecencia bonita e com desaner inovador, na qual fará parte de uma nova coleção de documentos lançados pela CNBB, robusto e de conteúdo com idéias renovadoras para a nossa catequese local.
A quase 23 anos atraz foi lançado o CR - Catequese Renovada; doc. 26, na qual o proprio nome já diz chegou para renovar e transformar a catequese no Brasil. Mas como as coisaas mudam a cada ano, e pessoas nova chegam com novas idéias, o CR já não estava mais suprindo a necessidade de algumas realidades, ou como disse Dom Odilo Pedro Scherer.: "já era preciso atualizar aquelas orientações, quer por causa das situações mudadas, quer também em vista dos diversos novos textos do Magistério da Igreja sobre o assunto." Palavras ditas no documento abaixo que estou disponibilizando em um HD VIRTUAL, na época em que já se estava encaminhando os processos de elaboração do, hoje atual DNC.
Então vamos conhecer um pouco do que fala o DNC, aqui sempre teremos relatos para conversar sobre ele, mas agora teremos uma síntese do Diretório Nacional de Catequese e nos proximos capítulos iremos nos aprofundar em cada parte.:
O Diretório Nacional de Catequese está dividido em duas partes. A primeira, mais teórica, expõe os fundamentos teológico-pastorais da catequese e seu conteúdo; a segunda, mais prática, oferece orientações para a organização da catequese na Igreja particular.
Quero agora apresentar alguns pontos essenciais de cada capítulo:
  • O primeiro capítulo apresenta o movimento catequético pós-conciliar, dando um destaque especial ao documento Catequese Renovada da CNBB (1983). Este deu um grande dinamismo à nossa pastoral catequética. A catequese se tornou mais bíblica e cristocentrica. Destacou a comunidade como fonte e meta da catequese. Insistiu na dimensão sócio-transformadora, assim como no processo permanente de educação da fé. Nestes últimos anos, novos desafios apareceram como a inculturação da fé, o papel da liturgia, o processo catecumenal, a inclusão das pessoas com deficiências e outros.
  • O capítulo segudo aprofunda o tema da revelação de Deus na nossa história. A Constituição Dogmática Dei Verbum inspirou muito a redação destes parágrafos. Existe uma profunda relação entre evangelização e catequese; na verdade, toda catequese deve ser evangelizadora e está a serviço da iniciação cristã: por isso, o processo catecumenal é chamado a inspirar todo o processo de educação à fé.
  • O capítulo terceiro descreve a catequese na Evangelização na América Latina, especialmente no Brasil. Nos primeiros séculos da história do Brasil, alguns missionários se destacaram, como: o Pe. Manoel da Nóbrega, o Bem Aventurado José de Anchieta e o Pe. Antônio Vieira. No século XIX, a Igreja no Brasil começou a assumir as orientações do concílio de Trento. O século XX foi influenciado pela renovação bíblica e litúrgica, como pelo progresso das ciências pedagógicas. A catequese se beneficiou destes movimentos. A aprovação do documento Catequese Renovada, pela CNBB e pelos numerosos encontros nacionais regionais e diocesanos deram um grande impulso ao movimento catequético. O grande desafio hoje é como catequizar as pessoas num mundo marcado por profundas mudanças sociais e culturais. O Diretório insiste sobre a prioridade a ser dada à Catequese com adultos e à evangelização da família.
  • O Capítulo quarto destaca a Palavra de Deus, transmitida na Escritura e na Tradição, como fonte da catequese. Uma outra fonte onde a catequese busca alimentar-se é a Sagrada Liturgia. O Catecismo da Igreja Católica e seu compêndio expõem o conteúdo da fé de maneira sistemática e doutrinal, comunicativo-educativa, procurando dar razões da nossa fé. Bíblia, liturgia e catecismo, vivenciados em intima correlação e interação na comunidade, devem orientar a vida dos cristãos, de modo que estes sejam comprometidos com a causa do Reino.
  • O quinto capítulo aprofunda o modo de proceder de Deus e a pedagogia catequética. Olha para o agir de Deus Pai na história, o modo de proceder de Jesus e a ação do Espírito Santo na Educação da Fé. Descreve o que tem de especifico na pedagogia da fé. Catequese utiliza as descobertas das ciências pedagógicas e da comunicação. Propõe como princípio metodológico a interação fé e vida e valoriza o método VER-ILUMINAR-AGIR-CELEBRAR E REVER, tão presente na tradição pastoral latino-americana e que tem trazido segurança e eficácia na educação da Fé.
  • O sexto capítulo trata dos destinatários como interlocutores no processo catequético. A educação da fé é direito de todo o batizado e dever indispensável da Igreja. Nos mostra também que devemos acompanhar os fiéis conforme as idades, respeitando a situação sócio-cultural e religiosa dos catequizandos ou catecúmenos. Pois a catequese é um processo permanente de evangelização e aprofundamento da fé.
  • O sétimo capítulo reflete sobre o ministério da catequese e seus protagonistas. A Igreja é convidada a consagrar à catequese os seus melhores recursos de pessoas e energias sem poupar esforços, trabalhos e meios materiais, a fim de organizar melhor e de formar para a mesma, pessoas qualificadas (CT 15). Para ter bons resultados, necessitamos cuidar bem da formação dos catequistas, tanto em nível do seu ser (realização humana com mais espiritualidade), do seu saber (conteúdo) e do seu saber fazer (metodologia) e conviver em comunidade. Continua sendo um grande desafio das escolas catequéticas a formação catequética dos futuros presbíteros e o reconhecimento por parte das Igrejas Particulares do ministério da catequese.
  • O último capítulo destaca os lugares e organização da catequese. Ressalta a família e a comunidade como lugar por excelência da catequese. Descreve o ministério da coordenação e a organização da catequese em nível paroquial, diocesano, regional e nacional.

O Diretório Nacional de Catequese quer contribuir no cumprimento do mandato de Jesus Cristo, aos seus discípulos, de levar ao mundo o seu evangelho. Ele é oferecido a todos, bispos, presbíteros, diáconos, religiosos(as) e catequistas para um novo impulso na renovação da catequese, parte fundamental do ministério da Palavra.

É com alegria e cheios de esperança que hoje lançamos este precioso documento, confiantes nas luzes do Espírito Santo e no cuidado materno de Maria, para que ele cumpra bem a sua missão, dando frutos de evangelização para a nossa Igreja.

Link: O Brasil terá um Diretório Nacional da Catequese, por.: Dom Odilo Pedro Scherer Bispo Auxiliar de São Paulo Secretário-Geral da CNBB .